Pelo Grupo Estado o jovem jornalista cobriu a primeira polemica ecológica no estado de Porto Alegre que envolvia uma importante indústria da região gaúcha. No dia seis de dezembro de 1973 até março do ano seguinte a fábrica de celulose Borregaard ficou fechada, o acontecimento chamou a atenção de jornalistas de diversos lugares.
Jornalismo Ambiental Contemporâneo
Atualmente, o ramo do ecojornalismo aumentou e com ele vieram as dúvidas e o interesse. A jornalista Monica Pinto pós-graduanda em Mudanças Climáticas e Seqüestro de Carbono e editoria geral do portal Ambiente Brasil tem plena convicção que esse gênero jornalístico é o futuro, pois todos estão conscientes que o planeta é a nossa casa e temos que preservá-lo, “Toda essa gente fica ávida por informação e os jornalistas ambientais são os responsáveis por suprir essa lacuna, junto com a turma da educação ambiental”, completou.
A preocupação com o meio ambiente é crescente. Mas, os investimentos ainda são pequenos. “ Manter um veículo ambiental hoje ainda é um desafio enorme, razão pela qual alguns deles já naufragaram. Para as empresas que investem, o retorno é proporcional ao alcance do veículo, como acontece em propagandas de qualquer natureza”, comentou a jornalista. Todas as empresas hoje possuem um programa de responsabilidade social para minimizar as conseqüências no ambiente e tapear a população que ainda é oriunda a essas informações. De acordo com a editora do portal Ambiente Brasil, Monica Pinto, o público ainda é especifico “De modo geral, os veículos de foco ambiental têm como público basicamente os profissionais que militam na área - biólogos, engenheiros florestais, membros de ONGs - e aquela parcela da população, ainda pequena, que se sente atraída pelo tema”.
Na grande mídia o assunto ainda é tratado de forma coadjuvante, mas impulsionada pelas mudanças climáticas nos últimos três anos a divulgação do tema aumentou e muito. A editora chefe da revista Terra da Gente, Liana John, explicou que, “Muitas questões ambientais são polêmicas e envolvem interesses contraditórios de diferentes setores sociais ou econômicos ”.
Para essa demanda é necessário a capacitação de profissionais de forma adequada, esses assuntos precisam ser tratados de forma rica e objetiva. A editora, Liana John, ainda falou sobre o preparo do futuro ecojornalista, “O jornalista deve estar preparado para avaliar a pertinência daquilo sobre o que ele escreve, a veracidade das informações obtidas e as eventuais intenções das fontes ao divulgar determinados dados”.
Existem alguns desafios a seguir, como à busca por fontes adequadas, as pautas ecológicas são abrangentes e proporcionam uma discussão com um conteúdo característico. Mas a jornalista Monica Pinto não vê a capacitação profissional como uma deficiência no ecojornalismo, o que não falta são profissionais na área “A maior parte dos que hoje podem ser chamados de jornalistas ambientais, no entanto, não passaram por esse processo acadêmico. Foram atraídos à causa por circunstâncias, ou de ordem pessoal ou profissional”.
Liana John, discorda da colocação da jornalista Monica Pinto, “Jornalismo ambiental não é uma disciplina nas faculdades, embora jornalismo sindical seja. Os cursos de pós-graduação especializados são raros no País. Há boas iniciativas de ONGs em cursos livres, mas o acesso ainda é restrito. Falta compreensão por parte das chefias das redações sobre a importância dos jornalistas se especializarem”.
O jornalismo ambiental surgiu como forma de incentivar as pessoas a cuidar mais do lugar em que vive. Mônica Pinto disse que “O jornalismo ambiental, hoje responde a uma curiosidade natural de uma certa esfera de leitores e telespectadores, alimentada inclusive por maiores investimentos em educação ambiental e, sobretudo, pela expansão do terceiro setor brasileiro, hoje muito voltado a trabalhos em prol da conservação dos recursos naturais”.
Segundo Liana John as preocupações ambientais deveriam ser universais, abrangendo todas as classes sociais, todas as faixas etárias e todos os níveis de escolaridade. Mas a editora enumera as causas que fazem com que o numero de leitores seja restrito. ”Ainda não chegamos a esse nível de consciência no Brasil. Mídias segmentadas, como a revista Terra da Gente, atingem um público relativamente amplo em termos de classificação, mas não tão numeroso quanto seria desejável. Isso tem várias explicações”.